Kuten – Oráculo Tibetano

“… Em tempos antigos havia muitas centenas de oráculos por todo o Tibete.” (Dalai Lama)

Em sua origem, o termo oráculo significa a resposta oferecida por uma divindade a uma questão pessoal, por meio de artes divinatórias.

O oráculo tibetano, denominado Kuten, cujo significado literal é “base física”, é um recurso terapêutico no qual não se emprega nenhuma substância ou objeto, se apresenta como sendo o próprio ser humano e difere de outros oráculos.

Por meio do Kuten, o aspirante[1] entra em contato profundo consigo mesmo, expandindo sua compreensão, desenvolvendo a intuição e obtendo revelações. O oráculo tibetano cria uma condição favorável para que a pessoa encontre soluções para suas questões. Visa também guiá-la no caminho do dharma, protegê-la e auxiliá-la na promoção da autocura, da liberação do sofrimento e da degeneração mental provenientes das correntes de pensamentos repetitivos e penosos.

Dessa forma, o Kuten colabora com o processo terapêutico vivido pelo paciente, o conduzindo a abrir espaço no seu inconsciente para visitar terrenos antes desconhecidos, diferenciando o imaginário pessoal da situação real vivida. Ou seja, o oráculo tibetano contribui para que a pessoa reconheça e diferencie seus emaranhamentos: o que pertence a si, ao outro ou à coletividade.

O kuten é capaz de oferecer ferramentas e orientar o aspirante a adquirir maior consciência de sua natureza sublime e intensificar a integração humana, favorecendo os relacionamentos familiares, profissionais, de amizade e amorosos.

[1]  Aspirante para o Kuten, é aquele que busca, aspira, que pretende, almeja, significa o mesmo que paciente significa para nós ocidentais.